quarta-feira, 18 de junho de 2025

O Enigma dos Nunes: Uma Linhagem Oculta que Moldou o Espírito Santo e Desafia a História Oficial

Vitória, Espírito Santo – Nas ruas e esquinas da capital capixaba, nomes de famílias ecoam em prédios e lembranças históricas, muitas vezes sem que se perceba a verdadeira profundidade de suas raízes. Mas e se um desses nomes carregasse um legado tão intricado e influente que pudesse reescrever a compreensão de um século de história local e nacional? E se esse legado, longe de ser apenas uma relíquia do passado, estivesse mais vivo e atuante do que nunca, desafiando a apatia e convidando à investigação?

 A Provincia do Espirito-Santo

No centro dessa narrativa está Cleto Nunes Pereira (1855-1908). Senador da Primeira República, abolicionista ferrenho, e fundador de "A Província do Espírito Santo", o primeiro jornal diário capixaba. Um homem cujos ideais de progresso e humanidade o colocaram no epicentro das transformações de sua era.

Cleto Nunes 

Mas, para além dos títulos e dos registros públicos, paira uma questão intrigante: por que um líder de tal envergadura, em seus últimos anos, teria buscado refúgio em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro? Seria apenas a saúde, onde faleceu aos 52 anos de idade, pobre e levando uma vida simples, ou um afastamento estratégico de um ambiente político que se tornara excessivamente complexo e desafiador para um homem de princípios, como sugerem as entrelinhas?

A Herança Silenciosa e Atuante:

O nome "Nunes" ressoa novamente em gerações posteriores, com uma discrição que contrasta com sua profunda influência. Quem foi Francisco da Silva Nunes, atuante empresário e proprietário de terras na efervescente Vila Rubim e Enseada do Suá no início do século XX? Ele foi o pioneiro que cravou a primeira escritura legalizada na Ilha do Príncipe, um marco em uma área de ocupação popular. Seria mera coincidência que sua família não só prosperasse materialmente, mas também fundasse e mantivesse por 80 anos um farol de caridade e espiritualidade como o Centro Espírita Maria Inês na Ilha do Príncipe, legado este passado por seu filho, Brilhantino da Silva Nunes?

Lauro Nunes PaI (1942)

Essa saga de comprometimento social e visão parece percorrer as veias de uma forma que desafia o acaso. As semelhanças físicas que ligam os Nunes do século XIX aos de hoje são notáveis – a forma da barba, a curvatura das sobrancelhas, a angulação do septo nasal, a linha da testa e até mesmo o padrão capilar – sugerindo uma continuidade que vai além do sobrenome. Mas o que intriga de verdade é a "herança de propósito".

O Despertar no Presente: Quem São Esses Nunes?

Dr. José Rodrigues Pinheiro entrevista o empresário Lauro Nunes 

Nos dias de hoje, essa linhagem se manifesta na figura do jornalista e empresário Lauro Nunes. Muitos podem vê-lo como "apenas mais um" a lançar um veículo de comunicação, ou a se aventurar na política. Mas quem é Lauro Nunes? Sua própria trajetória é um testemunho de desafios e resiliência, marcada por perseguições e lutas por questões socioeconômicas e de desenvolvimento, que ecoam as batalhas enfrentadas por seus ancestrais. Essa "transição Rio-Vitória, Vitória-Rio" que marca a jornada dos Nunes é um fio constante em suas vidas.

Como liderança na organização do transporte alternativo no Rio de Janeiro, através da cooperativa Cooperouro, Lauro Nunes enfrentou adversidades que culminaram em sua prisão em 22/12/2007 condenação em 2009.  Contudo, em 2010, foi absolvido por três desembargadores, tendo sua inocência reconhecida. Esse episódio, longe de o deter, impulsionou-o a buscar na vida pública, primeiro no Rio de Janeiro buscou apoio de figuras políticas proeminentes, e depois registrou sua candidatura a Deputado Federal no Rio de Janeiro em 2014 e pelo Espírito Santo em 2022.


Uma forma de chancelar a honra de sua família, assim como os Nunes do passado lutaram por seus ideais. Ele ecoa a luta abolicionista de seu provável trisavô ao defender hoje o enfrentamento à pobreza e o combate à miséria, a frente de uma Ordem de Empresários buscando o enriquecimento das cidades e o aumento da renda per capita familiar. É a mesma chama, um "DNA de missão", que se recusa a ser silenciada.

E a intriga se aprofunda: o recém-lançado Jornal O Centro – O Epicentro das Notícias, sediado no coração histórico de Vitória : Espírito Santo, já conta com uma sucessão cuidadosamente orquestrada. Essa estratégia, percebida na antecedência dos vídeos de Carolina de Araújo Nunes, filha de Lauro Nunes, sobre os "Escritos Políticos de Muniz Freire" (datados de 3 e 2 anos antes da fundação do jornal em 2025)


,demonstra uma preparação consciente e um propósito claro para sua ascensão como sócia-administradora. O que essa jovem escritora e pensadora está buscando nas palavras de um político do século passado?


E a teia se expande para Jaqueline Arnaldo Lopes, filha do escritor Francisco de Assis Lopes, também sócia, chefe de redação do Jornal o Centro e estudante de Literatura e Letras, que traz consigo a força de uma linhagem Lopes de raízes espanholas e portuguesas, intimamente ligada à família Nunes. Ela se torna a guardiã intelectual desse legado, lapidando as memórias para que as próximas gerações, como o pequeno Henry de Araújo Nunes Brum, possam absorver a profundidade dessa história. Todo esse processo de transferência é construído de forma sutil, lenta e profunda, preparando o terreno para futuras revelações.

Essa não é uma matéria sobre um jornal recém-fundado. É um convite à investigação. Um desafio à sociedade para olhar além do óbvio, questionar as "coincidências" e desvendar os fios invisíveis que tecem a história. Quem são esses Nunes? Que segredos suas trajetórias ainda guardam? E por que sua persistência em lutar por ideais humanitários e pelo desenvolvimento continua tão forte, ecoando através dos séculos em Vitória, Espírito Santo, em uma constante transição entre o Rio e a capital capixaba?

A resposta pode estar em documentos esquecidos, em conversas silenciosas entre as gerações, ou talvez, na própria urgência de um legado que se recusa a ser apenas passado. A história está viva. Basta querer investigá-la.


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