“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá. Crês tu nisto?”

Para mim, Jesus não se refere à morte, mas à falência da matéria. A vida é a essência que transcende o corpo físico, usando-o como um veículo temporário. O corpo tem seu ciclo de vida útil, mas a vida em si é eterna.

Jornalista Lauro Nunes

A vida é como o fogo, um elemento da natureza. Quando a lenha acaba e o fogo desaparece, não vai para lugar algum; ele apenas deixa de se manifestar naquele ponto. Assim como o fogo, a vida também é um elemento da natureza que, ao deixar de se manifestar na matéria, está pronta para se manifestar em outra. A manifestação da vida nos seres humanos é um privilégio, uma inteligência multidimensional.

A cada vez que a vida se manifesta e se renova, ela aprimora sua inteligência e sua existência na matéria. Essa inteligência divina, que tem o conhecimento do seu caminho, está dentro da semente da maçã, guiando-a em todo o seu processo: germinar, virar caule, galhos, folhas, árvores, flor e fruto.

A vida sabe o seu caminho. (Lauro Nunes)

Isso me faz refletir sobre outra fala de Jesus: “após mim vocês farão coisas muito maiores”. Ele não estava se referindo apenas a milagres. Ele já sabia que a vida é um processo evolutivo contínuo. Ele sabia que a inteligência, que é a manifestação da vida, se aprimoraria a cada ciclo. O que para Ele foi um grande feito, para nós hoje pode ser compreendido e, talvez, superado, porque a nossa inteligência, a nossa consciência, evolui a cada manifestação.

A verdadeira “morte” que Jesus menciona não é a falência da matéria, mas sim a incredulidade. Essa descrença nos desconecta da inteligência divina e nos aprisiona na ilusão de que a morte é o fim. A mensagem de Jesus é um convite para superarmos a descrença e reconhecermos a nossa própria natureza eterna e evolutiva.